Wednesday, December 01, 2004

Scriptorium II

Aos 16 anos conheceu as palavras reveladoras de Umberto Eco. Depois de ler os seus romances enveredou por outras obras publicadas por ele e achou piada e apreendeu tudo o que lia com extrema facilidade. Soube então que a sua verdadeira vocação era a escrita e que seria a única forma de se sentir realizado, para isso o melhor curso seria a semiótica. Seguiu as passadas do seu ídolo literário e inscreveu-se no curso de Semiótica.

Quando começou a frequentar as aulas reparou que as cadeiras obrigatórias do curso não eram suficientes para a sua sede de conhecimento. Cagou no curriculum obrigatório e começou a escolher as cadeiras que lhe interessavam de outros cursos.

Ao princípio pensou que fosse uma teimosia sua, mas depois, numa das suas aulas o professor deu-lhe as certezas de que necessitava.
“Já começa a faltar aquele tipo de pessoas como havia antigamente. Nesses tempos as pessoas aprendiam um pouco de tudo, hoje limitamo-nos a criar especialistas que não tem a qualidade que tinham as cabeças de outros dias. Parece que saem formados com palas nos olhos e não percebem que a interdisciplinariedade só os ajuda.
Dou muito mais valor às pessoas que vão investindo num conhecimento abrangente em detrimento de uma investida em força num mesmo tema. Acho que só ficam enriquecidas por querer abrir os horizontes.”

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