Monday, June 13, 2005
Geração de 70

Eça de Queirós
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Circulavam n’ A Galeria por entre fotógrafos, jornalistas, escritores, músicos, actores… a promessa do futuro cultural da cidade, caucionados com o epíteto de “pseudos”.
Numa noite de traçadinhos, como já era costume e tradição por estas alturas – ajudava à mecânica da mente - encontrava-se Tântalo acompanhado de Narciso e de Mercúrio, recém adquirido membro da G70.
Levara o nome devido ao seu jeito especial para os negócios. Só não vendia a mãe porque não conseguia passar recibo. Para além disso estava sempre envolvido em negócios obscuros e tentava arranjar formas de arranjar dinheiro sem muito trabalho.
Dispersavam-se em conversas que chamavam a atenção a três vizinhas na mesa ao lado. Narciso, como sempre, era audível em toda a parte devido à exuberância dos gestos e à tonalidade altitroante da voz, debitava conhecimento em doses generosas.
A questão era relativa a literatura e desta vez, que não constituía exemplo em relação a outras, discordava com Mercúrio.
Tântalo molhava um pouco a fogueira discursiva fazendo sinal ao excesso que ia aumentando de tom e intensidade.
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Cheira-me a algo conhecido.... Recriar, meu senhor é recriar... Proponho uma mudança: Terceleiros para Gabiteiros! :D
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